quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A magia da pescaria...

  A pescaria é tão fantástica que nos possibilita vivências inesquecíveis, conhecer lugares maravilhosos e acolhedores, fazer novas amizades e fortalecer as que já temos, pescar é simplesmente mágico, tanto que une gerações e gerações. 
    Fui conhecer um pesqueiro novo aqui cidade onde hoje estou residindo, um pesqueiro simples, pequeno, mas muito acolhedor, o Pesca Esportiva Recanto Verde. Ao chegarmos fomos muito bem recebidos pelo proprietário, que nos apresentou o pesqueiro, falou um pouquinho do lugar e dos peixes existentes no lago.  
     Então a prosa estava boa, mas vamos ajeitar a tralha e iniciar os trabalhos, afinal vara fora da água não pega peixe. Como o proprietário havia nos dito que os peixes subiam bem na ração , meu esposo optou em começar com a bia cevadeira e ração na pinga, usando o sistema de palminho. Eu como sou louco com peixes de couro, inicie a pescaria com uso de uma boia guia na ponta do girador e salsicha  flutuando, afim de fisgar alguns exemplares de peixes de couro que havia no lago. 
      E não deu outra primeiro arremesso no meio do lago e não se passaram dois minutos e minha vara emborcou e estava aberto os trabalhos do dia, mas ainda não era nenhum peixe de couro, era um lindo filhote de pacu, mas muito briguento, que nem deixou eu fazer o registro da sua beleza.
     E vamos lá mais um arremesso de salsicha só que desta vez mais próximo do barranco, onde havia visto alguns bigodes passeando para comer ração na superfície. E não deu outra, foi mais ou menos uns três minutinhos e uma força violenta foi tomando linha da minha  carretilha e se esquivando para fundo do lago, e depois de uma briga intensa, eis que sai um belo Jundiá para foto. 
Primeiro Jundiá do dia.... Primeiro de muitos!!!
      E hoje a pescaria prometia muita ação, pois foram dois arremessos em menos de 15 minutos e dois peixes, a ação do dia estava garantida. Enquanto meu esposo continuava usando a boa cevadeira e sistema de palminho, eu ia revezando entre salsicha flutuando, mortadela flutuando e mussarela meia água. E observando a movimentação do bigodes próximo ao barrando de onde estávamos observei que rondava por ali uma Cachapira que vez ou outra subia na superfície e pegava umas rações e sumia rapidamente  e foi quando eu deixei minha salsicha flutuando bem próximo ao local que ele estava subindo e não deu outra numa velocidade ele pegou a salsicha e desapareceu no lago, não me dando nem chance de reação e quando eu pensei que teria a chance de brigar com ele o anzol soltou e eu fiquei só desejo de vê-lo de perto, mas pescaria é assim, uma briga incerta. 
        Mas vamos lá a pesca continua e vamos arremessar mais uma salsicha flutuando e ver no que dá, claro que novamente não esperei muito e a linha esticou e uma briga nova se iniciou e enquanto eu recolhia uns 5 metros ele tomava uns 15 metros, E eis que sai mais um jundiá para ser registrado. 
Segundo Jundiá do dia.... Briga boa!!!
        Enquanto estávamos pescando chegou no pesqueiro um pai com três filhos, mais o avô das crianças, quando eles chegaram meu esposo estava brigando com um jundiá, as crianças já chegaram loucas, foram correndo para perto de onde estávamos e olhando admirados o peixe ainda no lago, dizendo empolgados para pai: "Papai olha o tamanho do peixe" e davam uma risada muito gostosa. Fiquei encantada em ver como estas três crianças de idade de 3 a 7 anos, falando sobre pesca, pedindo a vara para pai todos ansiosos para pescar. Eles se organizaram perto de nós e as crianças começaram a pescar, o mais novo (mais ou menos uns 3 anos) foi com avô para outro lado do lago e sentaram num baco e quando a vara deste pequenino emborcou, foi muito lindo ver sua euforia, alegria e empolgação em fisgar um pacu, era tamanha seu contentamento que nem queria deixar o avó ajudá-lo a retirar o peixe da água,  e segurando a vara chamava os irmãos para dividir com eles a alegria de fisgar o pacu. Conversando com pai dos pequenos ele nos relatou que os meninos trocaram um passeio no clube para poder pescar, que se dependesse das crianças eles pescavam era todos os dias. Fique emocionada com os relatos do pai sobre a paixão filhos pela pesca, é quase que inacreditável ver uma criança trocar um dia no clube, com muitas piscinas e brinquedos por uma pescaria, isto realmente exemplifica o quanto a paixão pela pesca esta presente em todas as gerações. 
Jundiá fisgado pelo Ricardo, que encantou os pequenos pescadores. 
      Este pesqueiro mostrou-se um lugar encantador, que além de acolhedor, comida boa, atendimento de primeira, a ação na pescaria foi o tempo todo, quase não tinha arremesso perdido, principalmente na pesca dos peixes de couro, usando as iscas; salsicha, mortadela, mussarela e ração de cachorro (vermelha de carne), em todas estas iscas obtive sucesso e quase em todos os arremessos tirava um Jundiá para ser registrado. Neste pesqueiro a adrenalina é constante, e os braços cansam mesmo, é peixe o tempo todo. E ainda se tem a oportunidade de se fazer uma pescaria com varas telescopia brincando com as tilápias que são rápidas e vorazes, uma briga muito boa.   Segue abaixo um resumo fotográfico do nosso dia. 




 Pescaria Boa!!!!










Uma Foto para Registrar os pescadores...



Resumo em vídeo do nosso dia de pesca. 


   Nesta pescaria pude perceber o quanto ainda há preconceito referente a pescadora, pois neste dia eu era única mulher pescando, e os olhares tortos e atravessados eram constantes, ainda mais pelo fato de estar pegando um peixe atrás do outro. Teve um momento muito engraçado em que meu esposo saiu e eu fiquei só e minha linha esticou e quando comecei a trabalhar o peixe, estando só sem um companheiro para ajudar, alguns pescadores que estavam na outra margem do lago ficaram com olhos fixos para ver se o peixe saia e ainda fazendo alguns comentários desnecessários. E claro eu mesmo sozinha retirei o peixe da água e o devolvi, como uma boa pescadora só não tirei uma "selfi" porque era um Jundiá e não dava para segurá-lo com uma mão só. Feri o orgulho de vários pescadores que ali estava, é triste ver que ainda há alguns homens que não conseguem aceitar que nós mulheres também amamos a pesca e sabemos pescar. E enquanto estes ficam remoendo, fazendo caras e caretas em me ver pescando eu pego peixe e com estilo.
     É esta foi uma pescaria maravilhosa em que voltei para casa com braços doendo, mas com a mente a alma descaçada, e claro esta pescaria só foi assim maravilhoso, pois tive ao meu lado meu companheiro de pescaria, meu esposo amado. Obrigada amor por sempre me incentivar e por dividir comigo momentos maravilhosos como estes.
     E assim, com muita alegria e vontade de pescar de novo eu me despeço de vocês e os aguardo em breve para mais uma história. Até Breve!!!  

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